Na semana passada em Ferguson, subúrbio de Saint Lois/MO - EUA, um policial executou um jovem negro desarmado, este ato causou uma comoção nacional e vários protestos vêm ocorrendo desde então no subúrbio norte-americano. Para evitar que a agitação social se prolongue, a polícia norte americana contratou alguns integrantes da Polícia Militar no Brasil para prestar consultoria e treinamento anti-protestos, visto a larga experiência da corporação policial brasileira neste quesito. Em uma rápida reunião, os policiais brasileiros deram algumas dicas preciosas para os integrantes das forças norte-americanas:
· * Militarizar a polícia, pois os civis são inimigos do estado democrático de direito que só a polícia pode prover
· * Atirar e agredir qualquer um
· * Prender qualquer um sob qualquer acusação (de preferência desacato e formação de quadrilha)
· * Forjar flagrantes
· * Cercar os manifestantes e impedir que o protesto ocorra
· * Aliar-se com a grande mídia para criminalizar os manifestantes
· * Declarar que os manifestantes têm ligações com o tráfico e são financiados por partidos políticos
A polícia americana vem seguindo as dicas da polícia que mais mata no mundo, porém, vem sofrendo algumas críticas dentro e fora dos EUA. A maior delas é justamente a militarização da Polícia, pois os gringos acham um absurdo que uma polícia seja militarizada e trate os cidadãos como inimigos. A polícia brasileira em sua consultoria declarou que basta informar que tais armamentos são necessários para combater o tráfico de drogas, assim a sociedade, principalmente a classe média e a direita pão com ovo, irá receber naturalmente os equipamentos bélicos. É importante também que tais armamentos sejam utilizados nas áreas pobres da cidade e que suas vítimas sejam pessoas igualmente pobres, além disso, é necessário que a mídia os classifique como “integrantes do tráfico de drogas na região”.
O fato dos policiais americanos estarem apontando armas para as pessoas durante os protestos também tem causado muitas críticas. A Polícia Militar declarou que este é um procedimento comum nos protestos, pois todo manifestante é um inimigo da lei e da ordem e merece levar bala. Nos EUA ainda não são considerados “normais” os 50.000 homicídios por ano, nem policiais com fuzis .762 andando pra lá e pra cá, mas a militarização da polícia e a classificação do cidadão como inimigo do Estado é uma tendência cada vez mais forte na “terra dos livres e casa dos bravos”. Todo este processo de assassinato do estado democrático de direito é mais um projeto de pioneirismo do Brasil no mundo. Parabéns à Polícia Militar por mostrar ao mundo como se combate os negros pobres e os vândalos, maconheiros e desocupados que só sabem interromper o trânsito, é assim que se constrói uma “democracia”!
Não acredita?
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2014/08/140815_eua_tensao_racial_militarizacao_policia_rb.shtml
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